domingo, 6 de fevereiro de 2011

Símbolos do Movimento LGBT

 Triângulo Rosa e Negro

Um dos símbolos mais antigos é o triângulo rosa, que foi originalmente utilizado nos campos de concentração nazi para identificar os prisioneiros homossexuais. Aqueles que fossem judeus e homossexuais (considerados o pior nível de prisioneiros) deviam levar um triângulo rosa com outro de cor amarela. Em ambos casos, deviam usar esta insígnia sobre o peito. Estima-se que cerca de 220.000 gays e lésbicas morreram junto aos seis milhões de judeus que os nazi exterminaram nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

Por esta razão, a partir de 1970 o triângulo rosa utilizou-se tanto como um símbolo identificativo para recordar as atrocidades sofridas pela comunidade homossexual durante a perseguição nazi, como para representar a união do movimento homossexual.

Os nazis associaram a "mulheres indesejáveis" ou "anti-sociais" incluindo às lésbicas, um triângulo negro invertido. Algumas lésbicas hoje em dia utilizam este símbolo como representação daquele massacre, de igual forma ao que os homens homossexuais fazem com o triângulo rosa. 



Bandeira LGBT

Gilbert Baker desenhou a bandeira LGBT em 1978 para a Marcha de Celebração da Liberdade Homossexual em San Francisco (San Francisco Gay Freedom Day Parade). O autor inspirou-se em várias fontes como o movimento hippie e o Movimento pelos Direitos Civis nos Estados Unidos. As cores mostram-se em linhas horizontais e representam a diversidade da comunidade LGBT ao redor do mundo.



O significado das cores da bandeira original segundo Baker, simbolizam os diferentes aspectos de vida LGBT:
Vermelho: a luz
Laranja: a cura
Amarelo: o sol
Verde: a calma
Azul: a arte
Púrpura: o espírito


A bandeira original tinha 8 faixas, sendo que a actual não possui as duas adicionais de cor rosa e indigo. A titulo de curiosidade, segundo o próprio Gilbert Baker, não há parte de cima e parte de baixo da bandeira, podendo esta ser apresentada com o lilás/púrpura para cima ou o vermelho.


Lambda
Escolhido pela New York Gay Activist Alliance em 1970 como símbolo do movimento LGBT, o Lambda é a letra grega que equivale ao "L". Uma bandeira de guerra com Lambda foi desfraldada por um pelotão de guerreiros gregos mais velhos que eram acompanhados na batalha pelos seus jovens amantes, demonstrando a sua impetuosidade e o desejo de lutar até a morte.
Este símbolo também foi escolhido pelo Congresso Internacional de Direitos Gays que aconteceu em Edimburgo, Escócia em 1974. A letra lambda em física, representa a longitude de onda associada com a energia, portanto utiliza-se para simbolizar a energia do Movimento de Direitos Homossexuais. Diz-se também que significa a união na opressão. 



Anéis da Liberdade

São seis anéis de alumínio desenhados por David Spada, a cada um com as cores da bandeira LGBT. Simbolizam a independência e tolerância. Utilizam-se geralmente em colares, porta-chaves e afins. Recentemente incluiu-se uma alternativa aos anéis, utilizando triângulos no seu lugar, sendo que o seu significado se mantém. 



Labrys

É tido como uma das armas das míticas Amazonas, as mulheres guerreiras da Antiguidade cuja comunidade era formada só por mulheres. Também era usado como ceptro pela deusa Demétria – Artemis - deusa da Terra. Os rituais associados à deusa Demétria envolviam atos lésbicos.
Uma teoria sugere que ele poderia ter sido utilizado originalmente na batalha das mulheres guerreiras Cíntias. Outra teoria aponta que o machado é utilizado normalmente em muitas sociedades matriarcais. Existem também informações que o colocam como arma usual nos exércitos de Amazonas através de peças gregas de artesanato. As Amazonas tinham um sistema de duas rainhas e eram conhecidas como guerreiras raivosas e sem piedade nas batalhas, porém justas e corretas quando vencedoras.





 Este símbolo atualmente utiliza-se para representar o movimento lésbico e feminista, a sua força e independência.

Símbolos de gênero

Existentes desde a Roma antiga, a cruz do símbolo de Vénus representa o feminino e a seta de Marte o masculino. Os pares de símbolos de gênero são usados como símbolos identificativos de homossexuais masculinos e femininos respectivamente. Variações destes símbolos podem-se encontrar tanto para a bissexualidade como para a transexualidade.




Símbolos da bissexualidade

Os triângulos bissexuais foram criados em 1978 por Liz Nania. Representam a bissexualidade e o orgulho bissexual. A origem exacta deste símbolo é ambígua. Uma possibilidade é a de que a cor rosa representa a homossexualidade enquanto o azul representa heterossexualidade. Juntos formam a cor roxa, uma mistura de ambas as orientações sexuais. Outra explicação é que a cor rosa representa a atracção para as mulheres e o azul a atracção para os homens, designando assim a cor roxa a atracção para ambos.
Em 1998, Michael Page desenhou uma bandeira do orgulho bissexual para representar a dita comunidade. Esta bandeira rectangular consiste em uma faixa cor rosa/lilás em cima representando a atracção do mesmo sexo; uma faixa azul em baixo, representando a atracção ao sexo oposto e uma faixa mais estreita no centro, de cor roxa, representando a atracção a ambos sexos. 
As luas bissexuais foram criadas para evitar o uso dos triângulos que possuem um passado directamente associado ao nazismo, como mencionado anteriormente.




Símbolos transgênero

Os símbolos utilizados para identificar pessoas transexuais e transgénero frequentemente consistem numa modificação do símbolo biológico dos sexos, pertencendo a autoria a Holly Boswell. Para além da seta apontando para o extremo superior direito que representa ao homem (símbolo astrológico de Marte), adiciona-se a cruz na parte inferior do círculo representando o símbolo feminino (do símbolo astrológico de Vénus), e ainda uma terceira mista. Incorpora assim ambos os aspectos, tantos masculinos como femininos.





Outro símbolo transgênero é a bandeira do orgulho transgênero, desenhada por Monica Helms e apresentada pela primeira vez em sociedade na Marcha do orgulho LGBT em Phoenix - Arizona, no ano 2000. A bandeira representa a comunidade transgênero e consiste de cinco faixas horizontais: duas de cor celeste, duas rosa/lilás e uma branca no centro. A sua autora descreveu o significado da seguinte maneira:


"A banda celeste representa a cor tradicional para vestir aos bebés varões e o rosa para as meninas. A branca no centro é para quem se encontra nessa transição, ou aqueles que desejam manter-se neutros entre um género e outro ou ainda aqueles que mantêm ambos os sexos. A maneira como está desenhada permite que independentemente de como estiver hasteada , sempre será correcta. Isto nos simboliza a nós mesmos, tratando de encontrar o lado correcto nas nossas próprias vidas."

Outros símbolos transgéneros incluem a borboleta (simbolizando a transformação e a metamorfose) e um Ying Yang (símbolo do equilíbrio) cor rosa e celeste.

                            


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