domingo, 6 de novembro de 2011

I Jornada Paranaense de Lésbicas e Saúde Integral

Olá gurias paranaenses! Dias 25, 26 e 27 vai ocorrer a I Jornada Paranaense de Lésbicas e Saúde Integral!

Aqui vai a programação do evento:


LOCAL: HOTEL CARAVELLE  (CURITIBA)
        CHEK IN-25/11/2011  APÓS AS 12:00HS
       COORDENAÇÃO: SUPERINTENDENCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
       REALIZAÇÃO: ASSOCIAÇÃO PRANAENSE DE LÉSBICA - ARTEMIS

       PROGRAMAÇÃO:

 8:00HS-CREDENCIAMENTO
 9:00HS-ABERTURA
10:00HS-SAÚDE INTEGRAL DAS MULHERES LÉSBICAS E BISSEXUAIS

12:00-ALMOÇO

14:00-DROGAS LICITAS E ILICITAS -PALESTRANTE-SANDRA PEREIRA DOS SANTOS
16:00HS-CAFÉ
15:15HS-OFICINA AUTO-ESTIMA - SYR-DARIA MESQUITA

19:00HS-ENCERRAMENTO - JANTAR



            DIA 26/11/2011 MANHÃ

OFICINA1 - LESBO-AFETIVIDADE-ASPECTOS LEGAIS - XÊNIA MELLO
OFICINA2 - SEXO SEGURO ENTRE LÉSBICAS E BISSEXUAIS, PREVENÇÃO EM HEPATITES
OFICINA3 - JUVENTUDE E DST/HIV/AIDS - PRECONCEITO E PREVENÇÃO - MUCHELY RIBEIRO E CRISFANNY
OFICINA4 - VIOLÊNCIA INTRA FAMILIAR E INTERPESSOAL. VULNERABILIDADES EM DST/AIDS- HELIANA HEMETÉRIO

12:00HS - ALMOÇO

14:OOHS ÀS 18:OOHS

OFICINA1 - EROTISMO - MÁRCIA REGINA
OFICINA 2 - SEGURANÇA ALIMENTAR, VIDA SAUDÁVEL E SEXO SEGURO É POSSIVEL - ANGELA MARTINS
OFICINA 3 - JUVENTUDE E DST/HIV/AIDS. PRECONCEITO E PREVENÇÃO - MUCHELY RIBEIRO E CRISFANNY
OFICINA 4 - VIOLÊNCIA INTRA FAMÍLIA E INTERPESSOAL - VULNERAQBILIDADES EM DST/AIDS - HELIANA HEMETÉRIO
19:00 - JANTR E CULTURA

  
        DIA 27/11/2011

 8:30 - FEMINIZAÇÃO DA AIDS. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL - ANGELA MARTINS DA SILVA-
   
                                      MODERADORA - KELY VASCONCELLOS


10:30 - CAFÉ

10:45 - FILMES: MOVIMENTO DE LESBICAS DO PARANÁ E SOU MULHER, SOU BRASILEIRA, SOU LÉSBICA (DEBATE) - HELIANA HEMETÉRIO
11:30 - PLANO PRÁTICO E AVALIAÇÃO - COORDENAÃO DO EVENTO
12:30 - ENCERRAMENTO  

Bom, é claro que pra participar precisa se inscrever. E pra se inscrever basta clicar AQUI, baixar e preencher a ficha, e mandar para o email: artemis.apl@gmail.com

É isso ai meninas, nos vemos lá!

terça-feira, 12 de julho de 2011

As reuniões.

Olá gurias!

Como vão vocês?

Depois de muito tempo negligenciando (sem querer) as postagens do blog, estou aqui de volta pra avisar do nosso novo formato de reunião, inclusive do novo horário e dias pré estabelecidos.

As novas reuniões ocorrerão no mesmo local de sempre - Av.Marechal Floriano Peixoto, 366, 4º andar - todas as quintas feiras às 19h. A proposta será a de passarmos alguns filmes para posterior discussão. Nessa quinta, dia 14, o filme exibido será o Saving Face.
E não confundam, não será como o CinePipoca da Aliança Jovem, que objetivava o entretenimento diante de temáticas LGBT, focaremos a realidade e questões inerentes ao mundo Lésbico/Feminista.



Sinopse: "Wil Pang é uma jovem cirurgiã com uma promissora carreira e um imenso problema. Solteira, aos 28 anos, ela descobre ser lésbica ao se apaixonar pela bailarina Vivian. Enquanto se encontra às escondidas com a namorada, Wil pensa em um jeito de contar a novidade a sua mãe, a viúva Ma. Sua vida toma um rumo inesperado numa noite em que Wil encontra a mãe na porta de sua casa. Grávida, Ma foi expulsa da conservadora comunidade chinesa de onde elas vieram por se negar a revelar o nome do pai da criança. Agora as duas precisam se entender."

Mesmo que o filme não tenha interessado muito vocês, venham apenas para conhecer e se inteirar conosco.
Um beijo, e até quinta!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Projeto #eusougay

Opaa....
Acabei quase deixando passar esse super projeto. Mas também, desde o dia do último post que fiz aqui não entrei na internet. Está certo que o projeto já estava ai faz um bom tempo, eu é que fui meio desligada com relação as tags do meu twitter.
Bom, que projeto é esse?

#EUSOUGAY


Vocês lembram do caso da menina (Adriele Camacho de Almeida, 16 anos) que foi morta pelo pai e os dois irmãos da namorada dela na cidade de Itarumã, Goiás? Pois é, esse foi mais um dos crimes de homofobia (aumento de 30%) pelo qual nossa população tão colorida vem passando.
Então que Carol Almeida, jornalista, idealiza tudo isso e manda pra frente.

Aqui vai um trecho do texto que está em seu blog:

"Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.
Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?
Quero então compartilhar essa ideia com todos.
Sejamos gays.
Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY
Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:
1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY
2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com
3) E só :-)
Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.
A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.
Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.
As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.
Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele."
Esse é um videozinho da Sarah Oliveira explicando direitinho como participar!


O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) também aderiu a esse projeto.


E olha só que legal, ele ta usando a florzinha que a Angelita fez pra IlgaLac (International Lesbian and Gay Association Latin American and Caribbean) , é claro eu roubei essa ideia e to mandando minha foto com a flor que eu também ganhei quando participei ;D

Gurias, o projeto está dando super certo, já receberam mais de mil fotos, e eu já mandei a minha.
Desculpem eu ter colocado essa informação assim tão tarde, tão perto do dia 1º de Maio, mas ainda da tempo!

#EUSOUGAY!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mobilização vai pregar união civil de casais homossexuais

No dia 20 de junho, mais de 200 organizações promoverão uma campanha pelo casamento civil de casais homossexuais. Hoje só é permitido que pessoas do mesmo sexo formalizarem em cartório, por meio de uma escritura, a situação de união. Isso funciona como um contrato. A ideia é que os casais procurem cartórios de todo o país no mesmo dia para pedirem a legalização do casamento civil.



“Queremos mostrar que existe essa discriminação, estamos mobilizando as entidades para que os casais procurem os cartórios e recebam um não”, explica o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis. “As pessoas estão casadas, vivendo juntas e não podem usufruir da proteção do Estado”, completa.
Para Reis, o registro de união estável é uma “cidadania pela metade”, uma vez que o estado civil dos membros do casal continua inalterado e alguns benefícios não são reconhecidos, como o direito à herança em caso de morte do cônjuge.
Tramitam no Congresso Nacional diversos projetos de lei para legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo. Entre as propostas estão uma apresentada em 1995 pela então deputada federal e hoje senadora Marta Suplicy (PT-SP) e uma de autoria do ex-deputado Clodovil Hernandes, que morreu há dois anos depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Para o presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Família, Rodrigo da Cunha Pereira, o Legislativo é o mais atrasado entre os Três Poderes no reconhecimento dos direitos da população LGBT.
O principal argumento para o não reconhecimento da união de pessoas do mesmo sexo é que a Constituição Federal fala em “união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar” e, portanto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo seria inconstitucional. “Mas a união de um homem e uma mulher é uma das formas de família, existem várias outras. Ninguém nega por exemplo que dois irmãos que moram juntos, ou um avó que vive com o neto, sejam uma família. Esse impedimento é simplesmente por uma questão moralista”, argumenta Pereira.
Especialista em direito homoafetivo, ele recomenda aos casais homossexuais que procurem os cartórios para para fazer a escritura que registra a união. Segundo Pereira, quase todos os direitos garantidos a um casal heterossexual podem ser garantidos com esse documento. Mas, para o presidente da ABGLT, os direitos da população só serão plenos quando o casamento civil for permitido. Casado há 21 anos com um inglês, ele explica que o não reconhecimento da união dificulta várias questões de ordem prática.
“A gente foi ser sócio de um clube e não foi permitido porque o dependente só poderia ser um cônjuge. Mas nós somos casados”, lamenta. Ele cita que há dificuldades de constituir renda para obter um empréstimo ou alugar um imóvel, por exemplo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar em breve uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) sobre o tema. O relatório do ministro Carlos Ayres Britto já está pronto para ir a plenário. Para Pereira, se a decisão for favorável, isso será “um passo importantíssimo” porque pode estimular o Legislativo a avançar na discussão.
“Até pouco tempo atrás o direito de família não reconhecia filhos fora do casamento. Nesse mesmo processo histórico, mais dia ou menos dia o Legislativo vai ter que reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo”, afirma. Na América Latina, a Argentina permite o casamento gay desde o ano passado. 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Sessão Cine Pipoca

Hello!
Gente, como era comum nos sábados dos anos anteriores, às 19h, sempre ocorriam reuniões "laços de comunidade". Bom, aproveitando agora que o ano realmente começou (depois do carnaval), essas reuniões voltarão a ocorrer (timidamente) de 15 em 15 dias, até engrenar de vez e voltarem a ser todos os sábados.
Como este sábado (26) vai ser o primeiro encontro "laços de comunidade" deste ano, resolvemos fazer algo mais leve, lúdico, mais legal mesmo xD Será passado um filme de temática gay (hollywoodiano mesmo). Vai ter pipoca e refrigerante, e colchonetes.


Ah...lembrando que vai ser legendado ;D

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Convite!

Vamos lá meninas, a Artemis agora está crescendo e contando com a participação de varias gurias novas, vamos continuar com esse gás, não faltem!


E como um grande conhecido diz: "APAREÇAM!"

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Caso do Paraná pode garantir direitos a homossexuais

Nancy Andrighi: ministra relatou caso no Paraná.
Um caso do Paraná que está sendo julgado no Superior Tribunal de Justiça pode garantir direitos a casais homossexuais do país. Trata-se do julgamento de herança de uma mulher.
L. e S. (os nomes não são informados pelo tribunal) tiveram união estável. Uma delas morreu. Durante o período em que estiveram juntas, o patrimônio do casal cresceu.
A dúvida é: a sobrevivente tem direito legal a herdar o que foi acumulado durante esse tempo? O Tribunal de Justiça do Paraná disse que não, já que não havia como provar que o esforço para obter os bens teria sido "comum" entre as duas.
Nesta terça-feira, a ministra Nancy Andrighi, do STJ, votou pelo "sim". Disse que, assim como no caso da união entre heterossexuais, presume-se o esforço comum. E que, não havendo lei específica para casais homoafetivos, deve-se fazer analogia com a lei para casais heterossexuais.
A própria ministra afirmou que se trata da primeira vez que o tribunal pode adotar "uma posição ampla e de méritos" sobre o tema.

http://www.gazetadopovo.com.br/blog/caixazero/?id=1095101

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Inclusão feita com o uso de nome social

Norma permite a troca de nome de registro em documentos internos de escolas e universidades do Paraná. Movimento LGBT considera a medida um avanço
Publicado em 13/02/2011 | VANESSA PRATEANO

A transexual Bruna Hartmann, em frente ao prédio do Setor de Ciências Biológicas, onde estudava: direito ainda não está assegurado na UFPR
Não chega a ser difícil encontrar quem não goste do próprio nome – por ser muito exótico, conservador ou até mesmo sem graça. Contudo, há casos em que não se trata de uma simples questão de “gostar”. O nome chega a causar dor, significando a negação da própria existência e levando, inclusive, à exclusão. “As pessoas me chamam de moça, de senhora, e, quando olham para mim, veem uma mulher”, conta Sabrina Mab Taborda, de 22 anos. “Mas, quando olham meus documentos, me tratam diferente. Passam a me tratar como homem, mesmo que diante delas esteja uma mulher”, completa a militante transexual.
Para Sabrina, assim como para outros transexuais e travestis, a luta contra a discriminação tem um nome: aquele que escolheram usar nas relações cotidianas, o chamado “nome social”. O direito ao nome de opção, e não ao que consta na certidão de nascimento, é uma das principais bandeiras do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). O nome social é considerado um dos maiores aliados no combate à evasão escolar de pessoas desse grupo, cujas chances de profissionalização se resumem muitas vezes à prostituição.
Registro de nascimento traz incômodo
A quem se pergunta como pode o nome de registro, escolhido pelos pais, causar tanto constrangimento, a resposta de quem vive ou convive com o problema é que o nome civil traz à tona uma situação incômoda – a de que a travesti ou transexual não é o que ela tem a convicção de ser. “Ser transexual ou travesti não é uma escolha. Esse sentimento de pertencer a uma outra identidade vem desde a infância. Até que a pessoa assuma, é um longo caminho. Quando eu chamo por um nome masculino alguém que lutou para se portar e vestir como mulher, eu estou negando todo esse processo e esse sofrimento”, analisa a psicóloga e membro do Conselho de Psicologia do Paraná, Karlesy Stamm.
Segundo a psicóloga, ao ouvir o nome de registro, muitos transexuais podem reviver o trauma de quando ainda lutavam para fazer a transformação, o que pode desencadear uma série de transtornos psicológicos, como depressão e tendências suicidas. A psicóloga afirma que, ao contrário do que se pensa, o nome social não é um capricho. “Essa pessoa precisa ser reconhecida, como qualquer indivíduo, e isso passa pelo nome. Não basta para ela estar bem consigo mesma. Ela vive em sociedade e precisa do respeito dela, afinal, ninguém quer ser invisível”. (VP)
Medida ainda é limitada
O parecer do Conselho Estadual de Educação (CEE) do Paraná, que permite o uso do nome social de transexuais e travestis em documentos internos de instituições de ensino, é considerado uma conquista pelo movimento LGBT e por educadores, mas ainda precisa avançar. No momento, a norma não enquadra professores, funcionários das escolas nem alunos menores de 18 anos. “Nossa luta é para que todos que fazem parte do ambiente escolar sejam contemplados. A medida não pode excluir, por exemplo, o professor, que deve ser respeitado pela classe e pelos colegas pelo que ele é. Também não podemos excluir os menores de 18 anos, até porque, com essa idade, muitos já abandonaram a escola”, diz a responsável pela Secretaria de Gênero e Raça do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, Lirani Maria Franco.
O professor e membro do CEE Arnaldo Vicente, relator do parecer, concorda que é preciso haver o debate sobre a inclusão de professores e funcionários, mas afirma que o pedido deve partir da própria classe. “O conselho só se manifesta quando provocado. Se os professores querem discutir o assunto, devem se mobilizar.” Sobre a inclusão de menores de 18 anos no parecer, Vicente afirma que ainda não há um entendimento jurídico sobre o tema, mas que o conselho está analisando o pedido dos pais de uma transexual de 16 anos do interior do estado. Caso o parecer seja favorável, pode balizar futuros pedidos feitos por menores de idade. (VP)
No Paraná, um parecer de 2010 do Conselho Estadual de Educação (CEE), de caráter normativo, dá aos transexuais e travestis maiores de 18 anos o direito de usar o nome social em documentos internos de escolas públicas e privadas e de universidades estaduais. A resolução vale apenas para documentos internos, como boletins e livros de chamada, não para certificados e diplomas. Essa é a primeira de outras medidas necessárias para combater a discriminação em sala de aula.
Adeus à escola
Para militantes e educadores, o constrangimento enfrentado na escola diante do uso do nome civil em chamadas é decisivo para o abandono da escola. Uma pesquisa inédita feita em 2010 pela professora Dayana Brunetto, em sua dissertação de mestrado “Carto­­­grafias da transexualidade: a experiência escolar e outros traumas”, para o Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), demonstra que a escola é o ambiente onde mais ocorrem traumas. Geralmente, os anos escolares coincidem com o período de transformação.
De acordo com Dayana, as chances de abandonar a escola são maiores quando a transformação se dá durante a vida escolar. A pesquisa mostrou que as pessoas que conseguiram terminar os estudos se assumiram mais tarde. Já aquelas que iniciaram a transformação durante esse período, via de regra, desistiram de estudar. “Não é uma relação de causa e efeito, mas é um elemento a ser considerado. Esses corpos são ambíguos, e a escola nunca soube lidar com a ambiguidade. Como ela não consegue ter esse controle, há a discriminação, como forma de negar aquela pessoa diferente, que acaba excluída.”
O caso de Sabrina é emblemático. Durante o ensino médio, ela ainda não havia iniciado a transformação, fazendo com que o período fosse “tranquilo”. No entanto, o sonho da faculdade foi interrompido em dezembro, durante a segunda fase do vestibular da UFPR, quando já havia se assumido. “O fiscal, mesmo vendo uma mu­­­lher na frente dele, e o ‘Sabri­­­na’ no RG, me chamou pelo nome de registro duas vezes. Aí, as pessoas me olharam, me senti humilhada e chorei na frente de todo mundo. Não passei”, conta.
Já Bruna Hartmann, 20 anos, foi um pouco mais adiante. Mas não muito. Entrou em Biologia na UFPR, em 2009, antes de assumir a nova identidade. Quando se transformou, vieram os comentários e o tratamento “diferente”, o que colaborou para que ela trancasse o curso no primeiro ano. “Quando pedi para ser chamada pelo nome social nos documentos, um antigo coordenador deu uma série de desculpas. Depois de insistir e chorar, acabei conseguindo fazer a carteirinha [de aluno]. Mas, quanto à chamada e ao edital de notas, depende da vontade de cada um [professor]”.
Este ano, Bruna pretende retomar os estudos e torce para que os novos colegas e os professores respeitem o nome que escolheu. “Só de não saberem meu nome de registro já é um grande alívio. Assim, eles não podem usá-lo contra mim para me ofender. Meu nome é Bruna, e eu quero ser chamada assim.”

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1096173&tit=Inclusao-feita-com-o-uso-de-nome-social

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Estupro Corretivo

Parece que alguns homens (e mulheres também) apóiam esta prática. Ela consiste em uma ideia absurda de "curar" mulheres lésbicas do "homossexualismo" através do sexo (obviamente) não consentido, pois segundo os praticantes, a mulher não tem opinião, a decisão masculina é soberana e unilateral, trata-se do homem exercendo os direitos que ele tem sobre o próprio pênis, e portanto cabe a eles e a seus "varões capacitados" o destino sobre a orientação sexual delas.
Por incrível que pareça, existem comunidades em redes sociais onde esse tipo de apologia é mantida, debatida, mas não combatida, e se expõem sob o título eufemizado: "Penetração corretiva". Ainda como se não fosse absurdo o bastante, em alguns tópicos de comunidades com temas relacionados, atribuem o estupro às próprias mulheres, afinal, elas seriam responsáveis por atiçar o desejo sexual masculino. Resumindo, se são estupradas, a culpa é delas, e não do estuprador.

Aqui vai um exemplo:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=97271732

E isso foi apenas a pontinha do iceberg. Leia agora uma matéria de Janeiro deste ano seguida de links sobre o assunto.


Millicent Gaika, uma jovem lésbica que foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não morreu.

Infelizmente, o caso dela não é incomum. Pelo contrário, este tipo de crime - chamado estupro corretivo - é recorrente na África do Sul, onde mulheres lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataques, principalmente porque os criminosos têm ficado impunes.

Na semana passada, o Ministro Radebe, da Justiça, insistiu que o motivo do crime é irrelevante em casos de “estupro corretivo (sic)”. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas. Até Eudy Simelane, heroína nacional e estrela da seleção feminina de futebol da África do Sul em 2008, foi assassinada e currada sem alterar a situação de impunidade.

A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- o descaso  da polícia e a impunidade dos malfeitores quando os casos são denunciados às autoridades.

Agora, na Cidade do Cabo, um grupo de ativistas corajosas lançou um abaixo-assinado, que já coletou  140.000 assinaturas, dirigido ao Ministério da Justiça, conclamando o Ministro a tomar ações concretas contra os ataques.

Internacionalmente, também organizações de todo o mundo estão realizando campanhas para ampliar o abaixo-assinado das ativistas de modo a pressionar o presidente do país, Zuma, e o Ministério da Justiça a criminalizar o estupro corretivo e a implementar imediatamente a educação pública sobre o assunto  e a proteção para as sobreviventes. Em nosso país, a organização AVAAZ, a mesma que ajudou a levantar assinaturas pelo Ficha Limpa, está promovendo uma campanha de assinaturas a serem enviadas ao governo da África do Sul via parceiros da entidade na Cidade do Cabo (Luleki Sizwe). Se um grande número de nós participarmos neste chamado por justiça, poderemos convencer Zuma a se engajar, levando adiante ações governamentais cruciais contra o estupro e iniciando um debate nacional que poderá influenciar a atitude pública em relação a esse crime e a homofobia na África do Sul. Assine agora, clicando no link abaixo, e depois o divulgue:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?cl=923622611&v=8260

Mais informações sobre o assunto:

Mulheres homossexuais sofrem 'estupro corretivo' na África do Sul:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/09/mulheres-homossexuais-sofrem-estupro-corretivo-na-africa-do-sul-915119997.asp

ONG ActionAid afirma que "estupros corretivos" de lésbicas na África do Sul estão aumentando:
http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/lifestyle/2010/03/22/243215-ong-actionaid-afirma-que-estupros-corretivos-de-lesbicas-na-africa-do-sul-estao-aumentando

Acusados de matar atleta lésbica são julgados na África do Sul:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,acusados-de-matar-atleta-lesbica-sao-julgados-na-africa-do-sul,410234,0.htm

Símbolos do Movimento LGBT

 Triângulo Rosa e Negro

Um dos símbolos mais antigos é o triângulo rosa, que foi originalmente utilizado nos campos de concentração nazi para identificar os prisioneiros homossexuais. Aqueles que fossem judeus e homossexuais (considerados o pior nível de prisioneiros) deviam levar um triângulo rosa com outro de cor amarela. Em ambos casos, deviam usar esta insígnia sobre o peito. Estima-se que cerca de 220.000 gays e lésbicas morreram junto aos seis milhões de judeus que os nazi exterminaram nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

Por esta razão, a partir de 1970 o triângulo rosa utilizou-se tanto como um símbolo identificativo para recordar as atrocidades sofridas pela comunidade homossexual durante a perseguição nazi, como para representar a união do movimento homossexual.

Os nazis associaram a "mulheres indesejáveis" ou "anti-sociais" incluindo às lésbicas, um triângulo negro invertido. Algumas lésbicas hoje em dia utilizam este símbolo como representação daquele massacre, de igual forma ao que os homens homossexuais fazem com o triângulo rosa. 



Bandeira LGBT

Gilbert Baker desenhou a bandeira LGBT em 1978 para a Marcha de Celebração da Liberdade Homossexual em San Francisco (San Francisco Gay Freedom Day Parade). O autor inspirou-se em várias fontes como o movimento hippie e o Movimento pelos Direitos Civis nos Estados Unidos. As cores mostram-se em linhas horizontais e representam a diversidade da comunidade LGBT ao redor do mundo.



O significado das cores da bandeira original segundo Baker, simbolizam os diferentes aspectos de vida LGBT:
Vermelho: a luz
Laranja: a cura
Amarelo: o sol
Verde: a calma
Azul: a arte
Púrpura: o espírito


A bandeira original tinha 8 faixas, sendo que a actual não possui as duas adicionais de cor rosa e indigo. A titulo de curiosidade, segundo o próprio Gilbert Baker, não há parte de cima e parte de baixo da bandeira, podendo esta ser apresentada com o lilás/púrpura para cima ou o vermelho.


Lambda
Escolhido pela New York Gay Activist Alliance em 1970 como símbolo do movimento LGBT, o Lambda é a letra grega que equivale ao "L". Uma bandeira de guerra com Lambda foi desfraldada por um pelotão de guerreiros gregos mais velhos que eram acompanhados na batalha pelos seus jovens amantes, demonstrando a sua impetuosidade e o desejo de lutar até a morte.
Este símbolo também foi escolhido pelo Congresso Internacional de Direitos Gays que aconteceu em Edimburgo, Escócia em 1974. A letra lambda em física, representa a longitude de onda associada com a energia, portanto utiliza-se para simbolizar a energia do Movimento de Direitos Homossexuais. Diz-se também que significa a união na opressão. 



Anéis da Liberdade

São seis anéis de alumínio desenhados por David Spada, a cada um com as cores da bandeira LGBT. Simbolizam a independência e tolerância. Utilizam-se geralmente em colares, porta-chaves e afins. Recentemente incluiu-se uma alternativa aos anéis, utilizando triângulos no seu lugar, sendo que o seu significado se mantém. 



Labrys

É tido como uma das armas das míticas Amazonas, as mulheres guerreiras da Antiguidade cuja comunidade era formada só por mulheres. Também era usado como ceptro pela deusa Demétria – Artemis - deusa da Terra. Os rituais associados à deusa Demétria envolviam atos lésbicos.
Uma teoria sugere que ele poderia ter sido utilizado originalmente na batalha das mulheres guerreiras Cíntias. Outra teoria aponta que o machado é utilizado normalmente em muitas sociedades matriarcais. Existem também informações que o colocam como arma usual nos exércitos de Amazonas através de peças gregas de artesanato. As Amazonas tinham um sistema de duas rainhas e eram conhecidas como guerreiras raivosas e sem piedade nas batalhas, porém justas e corretas quando vencedoras.





 Este símbolo atualmente utiliza-se para representar o movimento lésbico e feminista, a sua força e independência.

Símbolos de gênero

Existentes desde a Roma antiga, a cruz do símbolo de Vénus representa o feminino e a seta de Marte o masculino. Os pares de símbolos de gênero são usados como símbolos identificativos de homossexuais masculinos e femininos respectivamente. Variações destes símbolos podem-se encontrar tanto para a bissexualidade como para a transexualidade.




Símbolos da bissexualidade

Os triângulos bissexuais foram criados em 1978 por Liz Nania. Representam a bissexualidade e o orgulho bissexual. A origem exacta deste símbolo é ambígua. Uma possibilidade é a de que a cor rosa representa a homossexualidade enquanto o azul representa heterossexualidade. Juntos formam a cor roxa, uma mistura de ambas as orientações sexuais. Outra explicação é que a cor rosa representa a atracção para as mulheres e o azul a atracção para os homens, designando assim a cor roxa a atracção para ambos.
Em 1998, Michael Page desenhou uma bandeira do orgulho bissexual para representar a dita comunidade. Esta bandeira rectangular consiste em uma faixa cor rosa/lilás em cima representando a atracção do mesmo sexo; uma faixa azul em baixo, representando a atracção ao sexo oposto e uma faixa mais estreita no centro, de cor roxa, representando a atracção a ambos sexos. 
As luas bissexuais foram criadas para evitar o uso dos triângulos que possuem um passado directamente associado ao nazismo, como mencionado anteriormente.




Símbolos transgênero

Os símbolos utilizados para identificar pessoas transexuais e transgénero frequentemente consistem numa modificação do símbolo biológico dos sexos, pertencendo a autoria a Holly Boswell. Para além da seta apontando para o extremo superior direito que representa ao homem (símbolo astrológico de Marte), adiciona-se a cruz na parte inferior do círculo representando o símbolo feminino (do símbolo astrológico de Vénus), e ainda uma terceira mista. Incorpora assim ambos os aspectos, tantos masculinos como femininos.





Outro símbolo transgênero é a bandeira do orgulho transgênero, desenhada por Monica Helms e apresentada pela primeira vez em sociedade na Marcha do orgulho LGBT em Phoenix - Arizona, no ano 2000. A bandeira representa a comunidade transgênero e consiste de cinco faixas horizontais: duas de cor celeste, duas rosa/lilás e uma branca no centro. A sua autora descreveu o significado da seguinte maneira:


"A banda celeste representa a cor tradicional para vestir aos bebés varões e o rosa para as meninas. A branca no centro é para quem se encontra nessa transição, ou aqueles que desejam manter-se neutros entre um género e outro ou ainda aqueles que mantêm ambos os sexos. A maneira como está desenhada permite que independentemente de como estiver hasteada , sempre será correcta. Isto nos simboliza a nós mesmos, tratando de encontrar o lado correcto nas nossas próprias vidas."

Outros símbolos transgéneros incluem a borboleta (simbolizando a transformação e a metamorfose) e um Ying Yang (símbolo do equilíbrio) cor rosa e celeste.

                            


sábado, 29 de janeiro de 2011

29 de Janeiro: Dia Nacional da Visibilidade Trans.

Olá meninas.

Depois de muito tempo o blog da Artemis está voltando a ativa. E quem voluntariamente esta coordenando esse retorno sou eu, Bruna. É importante dizer que sou estudante de biologia, o que me salva (em partes) de uma obrigação de coerência e coesão textual impecável com a língua portuguesa, mas que apesar disso peço que levem em consideração minha boa vontade de passar para frente assuntos inerentes ao mundo LGBT, e é claro, à Artemis.


E pra início de conversa, o dia de hoje (29 de Janeiro, dia nacional da visibilidade trans), foi marcado com um manifesto na  Boca Maldita, realizado pelo Transgrupo Marcela Prado, com participação também de varias outras lideranças LGBT. O manifesto não foi de grandes proporções, mas com a ajuda de cartazes e apitos chamou particularmente atenção aos descasos de segurança que a população trans vem sofrendo e a impunidade aos agressores de crimes que por algum tempo vem rondando a cidade de Curitiba.
Fora os assassinatos de Dezembro do ano passado, onde duas travestis foram mortas, e mais 3 baleadas em um restaurante na região central da cidade, nas últimas terça e quarta feira (25 e 26/01), foram assassinadas mais duas, uma na Avenida Juscelino Kubitschek, na Cidade Industrial, a pedradas na cabeça e outra a tiros no bairro do Boqueirão.

Eis o vídeo que capturou o manifesto de hoje: